quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Olho-me

Olho-me no meu espelho espelhada
E apenas vejo o meu reflexo difuso
Mas sinto que também sou olhada
O que torna tudo ainda mais confuso.

Olho intensamente mas não vejo nada
A não ser esta personagem que uso
Mas sinto a minha alma ser abusada
Por este olhar estranho que eu recuso.

E invadem-me o pensamento
Sem que eu desse autorização
Por instantes, por um momento

Sei que sou motivo de observação
Mas continuo neste meu tormento
De ninguém me ver realmente o coração.

6 comentários:

José Rui Fernandes disse...

Fruto, estás tão longe de mim!
- Flor, estou no teu coração!


Tagore
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Às vezes temos os outros tão próximo de nós que nem nos apercebemos que já os temos no coração!...

Abraço,
José Rui

Susn F. disse...

Um poema tão belo como o teu coração. :)

Adorei a imagem.

Beijinhos

PS. Tinha saudades de te ver por aqui.

AnaMar (pseudónimo) disse...

O cteu coração vê-se nas palavras que escreves...Achas realmente que ninguém vê?

Bj

pin gente disse...

e porque não abri-lo?
para ver... e ser visto!
um abraço

Anónimo disse...

O outro lado do espelho...

por vezes
.
vira-nos do avesso
.

Boa semana

bjins

Serenidade disse...

Lindo, lindo, lindo.
Logo que começei a ler este soneto, logo meu rosto sorriu e posso dizer que é escrito com coração.... sim eu sei que sim...

Serenos sorrisos