quinta-feira, 9 de julho de 2009

Metamorfose

Metamorfose, Elisabete Da´Silva, óleo s/tela
Vejo-me ao espelho e não sei quem sou
Mas sei exactamente quem desejo ser
Palmilho caminhos por onde não vou
Sinto dores que não quero ter.
Vejo-me ao espelho e perco-me do olhar
Porque nele já não posso ver
O amor que tenho para dar.
Vejo-me ao espelho e perco-me na ausência
De tudo o que já tive
E apelo para que a prudência
Solte o que em mim ainda vive.
Vejo-me ao espelho e sinto-me perdida
Por saber quem quero ser
E só quero a minha vida
De volta para eu viver.

5 comentários:

Conversa Inútil de Roderick disse...

O reflexo no espelho é oposto de nós!

pin gente disse...

na margem do rio espelho-me nas águas límpidas. reflexo do que fui!
reconheço aquele rosto, calmo, calado, vivo.
reconheço os gestos, o olhar, o leve sorriso.
reconheço as formas, as vontades, os gostos.
a pureza das águas, o seu azul, misturam-se no acastanhado dos meus olhos.
quero voltar atrás no tempo... ou fazê-lo ultrapassar este meu presente estar!


um beijo
luísa

Anónimo disse...

Este poema está muito bom. Um dos aspectos que me agradou mais foi o facto de qualquer um de nós se ver, por seu turno, reflectido neste espelho.

Susn F. disse...

Este espelho é mágico. É o outro lado de nós. Esse outro lado reflecte-se na pintura e na tua poesia.

Mergulha...

Beijinhos Miga.

Lord of Erewhon disse...

Já que as amiguinhas de blogue estão n'O Bar do Ossian... a menina também não quer aderir?

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