Para: Ex.mo Sr. Silêncio
Dirijo-me a ti, assim desta forma peculiar, porque é mesmo de ti que preciso para me ajudares a pensar.
Se estivesses aqui, sabias que a terra que os meus pés percorrem é feita de ruídos que se entranham pelas margens do corpo coberto com um espartilho que perfura a pele. Preciso de ti para lavrares estes campos e semeares passos de danças para assim me alagar nos teus caminhos.
Tu não és o Silêncio que abre buracos no chão, ou melhor, tu quando queres não és assim e não é assim que eu te quero. Não quero desaparecer na tua imensidão.
Eu quero-te vestido de folhas, preso pelas raízes com caules que me endireitem os ombros e me deixem voar. Quero-te com espinhos e pétalas de sangue, mas sem o som de lágrimas que choram o amor incondicional.
Fico à espera que me ouças.
PS. Perdoa-me o texto confuso e as repetições.
11 comentários:
O quê? Também usas espartilho como a fada do meu conto anterior?
Aqui não é bem a cidade das câmpanulas :) O espartilho não tem bem a mesma função.
O texto pode estar confuso... mas transmite bem as tuas emoções.
Beijito.
E tu sabes escutar o silêncio?
Um beijo
Aposto que ele te perdoa e e entende...que te escuta, nessa luta :)
O silêncio costuma ser bom escuta(dor). **
E mesmo as palavras que sao ditas calam tanta coisa...coisas que só a alma sabe ouvir...
Como gostava de ter sempre a palavra certa para te dizer...
:)))))))) delicioso!
beijo
andamos numa de escrever cartas tou a ver... faz bem... agora só falta pegar naquela garrafa de vidro... colocar carinhosamente a carta... içar a rolha... e voilá... lançar ao mar!
de alguma forma... se há-de fazer ouvir!
beijo terno
O silêncio é um bom ouvinte. Especialmente para aqueles capazes de ouvi-lo e dialogarem com ele.
Um beijo!
Às vezes, o silêncio é um óptimo companheiro... Belas palavras!
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